"O problema da vida, realmente, é que as coisas que mais queremos irão nos matar. Tony, o Poeta Beat, recentemente leu para mim essa antiga passagem da Bíblia que fala sobre amar a escuridão ou amar a luz. E sobre como é fácil amar a escuridão.
Acho que é verdade.
No fim, fazemos o que gostamos de fazer. Gosto de pensar que faço as coisas pelos motivos certos, mas não faço, faço as coisas porque gosto ou não de fazê-las. Por causa do pecado, porque eu sou viciado em mim mesmo, porque vivo nos destroços da queda, meu corpo, meu coração e meus afetos tendem a amar coisas que me matam.
Tony diz que Jesus nos dá a capacidade de amarmos as coisas que devemos amar, as coisas do Paraíso. Tony diz que, quando as pessoas que seguem a Jesus gostam das coisas certas, ajudam a criar o Reino de Deus na Terra; e isso é uma coisa bonita.
Eu me descobri tentando gostar das coisas certas sem a ajuda de Deus - e foi impossível.
Tentei passar uma semana sem ter um pensamento negativo sobre outro ser humano - e não consegui.
Antes de fazer esta experiência, eu achava que era uma pessoa legal, mas, depois dela, me dei conta de que penso coisas ruins sobre as pessoas o dia inteiro, e que, como diz Tony, meu desejo natural era amar a escuridão.
Minha resposta a este dilema foi desenvolver minha disciplina pessoal.
Descobri que podia me obrigar a fazer apenas as coisas boas, a ter bons pensamentos sobre outras pessoas, mas que isso não era mais fácil do que encontrar um completo estranho e se apaixonar por ele. Eu podia superar as dificuldades por algum tempo, mas, mais cedo ou mais tarde, meu coração se entregava necessariamente ao seu verdadeiro amor: a escuridão.
Então eu me erguia e tentava novamente.
O ciclo era desumano."
(DONALD MILLER - Como os pingüins me ajudaram a entender Deus.)
sábado, 28 de agosto de 2010
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