Separei algumas horas do final de semana pra arrumar meu quarto.
Foi uma experiência interessante.
A proposta não era dar uma limpeza rápida em nada, mas revirar os mais profundos cantos do armário e das gavetas menos tocadas... Lá, bem ali, como diria Spike Jonze, "onde vivem os monstros"; ou melhor me utilizar do título em inglês "where the wild things are" (onde as coisas selvagens estão).
Limpar nem era a proposta.
Dois sacos de lixo depois, eu já tinha visto muita "coisa selvagem" ("wild thing") do meu passado, da minha - como se diz por aí, mesmo? Ah sim! - história.
Este exercício foi bom por vários motivos. Um deles foi me lembrar onde eu estava há um tempo atrás, e até onde Deus já me trouxe no momento atual. A cada foto encontrada, objeto, texto, resolução, ou etc... eu consegui identificar o cuidado e o amor de Deus.
Também foi desafiador, ver o quanto eu estou aquém de quem eu que quero, posso e vou ser.
E isso, ao invés de me deprimir, como outrora faria, me estimulou.
A lutar, a me mover.
[...]
Ontem fui a igreja, e cri no que foi dito.
Falaram de como somos nós mesmos os responsáveis por colocar os limites no nosso relacionamento com Deus.
E de como Ele não usa nosso passado - os objetos guardados de nosso quarto, nossa caixa de recordações, nossos Moleskines arquivados, nem nada similar - para determinar quem somos.
Mas tudo que Ele usa é o nosso presente e nossa atual disposição do coração.
[...]
"Aqui estou pronto pra ser usado." - VIBE
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