São 3 da manhã. Eu funciono, mais ou menos, assim: após muito rolar na cama tentando dormir, me perco um pouco na fronteira do "real" com o "imaginário" - representado neste caso pelo universo dos sonhos - e venho escrever aqui, com um pouco menos de filtros. Quando se busca o documentário ao invés da ficção, não há melhor momento para formatar um texto do que aquele em que não estamos raciocinando muito bem.
Mas, visto que documentário não existe, ou apenas o faz em teoria, como fugir das falsas vírgulas, dos sinônimos intrometidos e daqueles(ou destes) eufemismos mascarados(ou mascaradores)?
Penso que a exclusão dos filtros é uma espécie de PG... Apesar de às vezes tender a zero, sempre tenho a sensação de estar com eles. O teclado já é um filtro bem forte, o idioma é outro, a gramática nem se fala.
Uma vez aprendi que a única coisa realmente não intencional, ou impensada, é o acidente. Como pegar uma caneta e um papel e dizer que foi sincero na escrita de um texto, se não tiver feito isso por acidente? Simular sinceridade parece ser uma tarefa bem mais simples e realizável. (Ou quem sabe simular acidentes? Ou dissimular intenções?)
Porquê eu to falando isso? 'Je ne se pas'.
Talvez eu quisesse ser verdadeiro e escrever aqui... Verdades? E acabei não conseguindo. Perdoe-me o texto doloso.
"How do you document real life when real life looks like more fiction each day?" (RENT)
sexta-feira, 25 de abril de 2008
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