domingo, 14 de março de 2010

Uma vida da qual não posso reclamar

Me arrisquei a escrever novamente depois de um tempo sem praticar isso, graças a uma vontade súbita de externar o que eu tenho aqui dentro, ou simplesmente verbalizar o que está aqui (e talvez não me pertença).

Resolvi não esperar a vontade passar desta vez.
Então, aqui estou... Escrevendo.

[...]

O que eu quero externar na verdade é um questionamento - um pouco clichê - chamado: "A que ponto eu cheguei?"

Meu Deus, "A que ponto eu cheguei?" é uma boa pergunta.

Não tenho muito a dizer sobre Deus, pois não o conheço como gostaria (ou deveria).
Também não tenho nada a falar sobre o amor, afinal Deus é amor.

Sobre família, relacionamento, amigos... Nada sei. Nada aprendi.
Tenho menos assunto ainda.

O divertido não me diverte, o engraçado não me faz rir, o luxuoso não me cobiça...
Nem a comida tem me saciado, e o sono não me faz mais descansar.
As soluções não têm me solucionado.

Então, além de ter me tornado uma pessoa extremamente desinteressante à qualquer ser humano normal, ou aos anjos, ou a mim mesmo, o único assunto que me restou foi "minha própria vida".

Parece que tenho uma vida da qual não posso reclamar, é verdade.
Mas confesso que gostaria de ir um pouco mais além de mim mesmo neste aspecto.
Só de imaginar que estou fadado a acordar e dormir, todos dos dias, lutando pelos meus próprios ideais me frusto num nível bem profundo.

Afinal para que serve a vida, senão pra isso?
(Deus, me mostra. Eu suplico.)

Quanto mais eu busco o meu chamado, parece que fico mais longe dele.
Será que tenho feito as escolhas certas?
Ou será que sou covarde o suficiente para não arriscar como deveria?
Será que estou tendo uma vida "em cima do muro"?

Enfim... A que ponto eu cheguei?

Eu não sei.
Eu... Não sei.

[...]

Existe frase mais sincera do que "eu não sei"?

Com certeza que sim! Mas "eu não sei" qual.

Talvez seja: "Jesus".

[...]

"Pai, eu oro para que eu tenha pleno conhecimento de quem você é.
E muito obrigado por tudo.
Amém."

quarta-feira, 10 de março de 2010

Tempo perdido

"Todos os dias quando acordo
Não tenho mais
O tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo o tempo do mundo...

Todos os dias
Antes de dormir
Lembro e esqueço
Como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder...

Nosso suor sagrado
É bem mais belo
Que esse sangue amargo
E tão sério
E Selvagem! Selvagem!
Selvagem!...

Veja o sol
Dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega
É da cor dos teus olhos
Castanhos...

Então me abraça forte
E diz mais uma vez
Que já estamos
Distantes de tudo

Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo...

Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes
Acesas agora

O que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido
Somos tão jovens...
Tão Jovens! Tão Jovens!..."

( TEMPO PERDIDO - Legião Urbana)